Thursday, January 29, 2009

Luxor e Feluca Gay

Atendendo a pedidos, revelarei um conteudo em que sempre fiz questao de passar o censor: a famosa tara etnica, a dos outros, nao a minha, nao vem somente das cholas, cocaleiras, vovos (acento agudo no o) e destentadas. Ela aparece entre estivadores guaranis do Paraguai e vai ate os mulcumanos egipcios. Mas vejam bem que frisei: "a famosa tara etnica, a dos outros, nao a minha."
Aqui comeca um capitulo de "novas experiencias" que nao fiz questao de provar. Tudo comecou em Luxor que, por sinal, detestei. Apos minha estada em Esna, ir a uma cidadecomo Luxor repleta de turistas que atraem os sanguessugas de carteiras foi desconsolador.
Dormi no telhado de um albergue, no qual a cama era mais barata, e as coisas so melhoraram no ultimo dia, quando conheci Fred, de Londres.
Conversamos normalmente e ele se voluntariou a ir comigo a estacao de trem verificar os horarios para Cairo a noite. So percebi que o cara jogava no outro time apos espera-lo por meia-hora e ve-lo com um modelito baby-look rosa. Sem falar nos oculos de sol.
Nao demorou muito e ele tocou no assunto, "Do you like swing?", perguntando se eu curtia trocar de, como dizer?, posicao?, buraco?, de vez em quando.
Apesar das tentativas de me persuadir, que as vezes eram um tanto quanto constrangedoras, gostei de conhece-lo porque descobri muitas coisas do turismo gay.
Fred disse que possui uma grande rede de contatos espalhada por todo o mundo. Sempre que viaja, alem das informacoes convecionais (hoteis, restaurantes e pontos turisticos), tem encontros engatilhados e "atracoes" para passar o tempo, como, por exemplo, a Feluca Gay.
Feluca e um barco a vela que faz o transporte de turistas entre Luxor e Aswan. Ja a Feluca Gay e um servico que inclui algumas "brincadeiras" entre o barqueiro e o turistaem pleno Nilo (este tipo de informacao nao tem no Lonely Planet).
Acabei indo com Fred e seu "amigo" local, Ahmed, que conhecera em site de bate-papo, a um casamento nubio realizado no vao entre dois sobradinhos. Havia um pequeno palcoa frente e inumeras lampadas coloridas iluminavam o quintal. Enquanto alguns rapazes fumavam haxixi na entrada, outros dancavam. Ja as mulheres ficavam ao redorda pista de danca improvisada observando os homens dancando, e so iam dancar quando estes paravam para descansar um pouco.

Casamento nubio

Em momento algum toquei no assunto homossexualidade com Ahmed e se Fred nao tivesse me contado seu caso com o jovem egipcio, seria impossivel saber que o rapaz estava interessado no londrino. Isto porque os mulcumanos sao naturalmente carinhosos com os amigos: andam de maos dadas, trocam beijos no rosto e piscadelas sem nenhuma malicia.
Era 1h52 da manha quando entrei no trem. Havia muitos assentos vagos, mas optei pelo "compartimento horizontal". Deitado no bagageiro, fiquei a pensar se, naquela noite,o egipcio havia triunfado em seu romance shakesperiano. Ahmed tinha ficado de ligar para Fred assim que conseguisse burlar a vigilia dos pais.
PS: Fred tambem me disse que, dentro dos paises islamicos, os iranianos de Mahmoud Ahmadinejad, o qual afirmou estupidamente que em seu pais nao ha homossexuais, dominam as comunidades e chats gays.

1 comment:

Anonymous said...

Que forma sutil de se investigar a sexualidade. Então, se alguém me perguntar se eu curto swing, eu devo me preocupar? risos...